É
querer cobrar responsabilidade de uma criança, de alguém que só sabe o
significado da palavra e ainda não colocou em prática. É exigir de quem não
sabe o que é, que não abriu a mente ou provou das conseqüências fortes que ela
pode provocar se não soubermos lidar com ela.
Mas
é isso que dá se envolver com pessoas assim, você pensa que vai mudar, que é só
questão de tempo para acordar e a cada capítulo inédito a sua expectativa
diminui. Acaba sendo necessária muita energia para fechar os olhos e fingir que
tudo está bem, quando na verdade você queria era abrir a cabeça – literalmente –
e sair enfiando um monte de coisas. Até onde isso é defeito, não me atrevo a
dizer, mas que estas atitudes irresponsáveis, de pensamento pequeno e acomodado
me incomodam profundamente, ah! Incomodam. Dormir é necessário e muito bom, mas
temos uma vida pela frente e não podemos passar por ela dormindo.
Se
eu for falar, vão dizer que é posse, é porque to querendo moldar a pessoa ao
meu pensamento, mas não sou a única que pensa assim e não tive perdas drásticas
com o meu comportamento. No fim das contas, as insatisfações chegam na ponta da
língua e voltam, as vezes fazem plantão nos meus pensamentos mas me falta
coragem para colocá-las para fora. Caço energias de onde quase não tem e
continuo na esperança de que mais para frente será melhor. Sempre é difícil
fingir que não vê, mas a vontade de ficar por perto se torna um bem maior, de
repente, normalmente quando estamos presente, sempre nos esquecemos destes e de
tantos outros episódios. Mesmo distante, a vontade é tanta que mesmo indigesto,
a gente faz disso um alimento acreditando que no fim, será forte e sadio.