É na guerra que descobrimos


É engraçado como uma pessoa, um pedaço – às vezes não muito grande – é capaz de alterar toda a sua estabilidade. No meio de uma série de afazeres e prazeres às vezes inumeráveis, uma pessoa, um numeral, consegue desestabilizar e causar uma expressiva sensação de caos.

É, esta pessoa é o seu namorado, é assim que você percebe que este é mais que um amigo, parente ou alguém que está fazendo besteira. Só ele tem a capacidade de fazer uma curva simples na rota das coisas lhe provocar uma sensação de tsunami, que sai derrubando e desracionalizando toda à órbita. No meio de estudo, trabalho e até de você mesma, ele é capaz de posicionar-se superior a isso e tornar uma simples atitude não esperada ou irracional, em uma verdadeiro impacto social.

Tudo pode ser justificado pelo hábito, quem é a pessoa que você mais partilha a vida além do seu companheiro? Ninguém! é a ele que você recorre no triunfo e na derrota. Quem te vê toda assanhada e com aquela cara de sono e ainda te dar um sorriso, mesmo sabendo quão desmantelada você está? É talvez por dividir tantos momentos e sentimentos, um comportamento inesperado faz com que a sensação de erro seja sua, ou pior, o questionamento típico “quem é ele para fazer isso comigo”. Quanto mais dedicação temos, mais cobramos dos dedicados, o mesmo se aplica hábitos, tratamentos, sabemos que ninguém é igual, mas é como se a aquela pessoa tivesse que ser.

Talvez se nós não dependêssemos tanto ou quiséssemos ser tão semelhantes, tais comportamentos não incomodariam tanto, mas é esta a grande diferença entre amigos e companheiro. E é exatamente esta indignação que faz com que esta pessoa ocupe a posição que ela ocupa na sua vida, mais do que as questões teóricas-filosóficas de gostar x amar; namorar x ficar e tantas outras que nos ajudam a identificar quem de fato é o seu amor.