As vezes penso ideias



Para cada segundo existente, uma ideia toma forma, na quantidade de gente no mundo, várias ideias podem nascer, morrer e crescer – com direito a reciclagem ou amadurecimento – antes de acabar este segundo. Mas afinal, de onde vêm as ideias? Minhas aulas de biologia e psicologia não responderam essa pergunta, até porque, pensamos mais no produto final do que na pré-criação de certos atos. E às vezes os pensamentos são tão automáticos que nem dá para justificar. Mas pare por um momento de ter ideias e passe a pensar nas ideias que podem estar existindo naquele momento, nunca consegui calcular, mas creio que podem ser muitas. Lembre quantas mentes brilhantes já passaram e passam por aqui, do acordar ao adormecer somos produtores de ideias.

A solidão pode ser divertida se você souber aproveitá-la

Às vezes a gente se perde pela falta de um amor e pensa que tudo está errado, só que nem sempre somente o amor é capaz de colorir a vida. É certo que sua companhia torna os dias mais agitados, seu corpo e semblante muito mais animados, mas olhe a sua volta, o amor pode não estar, mas outras coisas estão. Flerte com o céu e converse com amigos, não olhe apenas o vazio, muita coisa pode passar enquanto você está no buraco. E mesmo que o vazio tome conta de você, fuja desse pensamento, grite, cante, dance. Ainda que haja rotina, cada dia é um dia, depois que eles passarem não queira olhar pra traz e saber que a maioria deles deixaram de ser emocionantes porque você estava sozinha. A solidão pode ser divertida se você souber aproveitá-la.

E mesmo que não existam pessoas a sua volta, você sempre terá a você, a música, a ilusória televisão, com tanta tecnologia, a nossa era deixou de ser a da solidão. Apesar de mais impessoais, não precisamos de muito para nos distrair. E distração não é prender-se a recordações ou amores despedaçados, faça coisas produtivas, leia livros, aprenda novas músicas, vá cansar o seu corpo e a sua mente ao invés de cansar o próprio coração se maltratando pela falta de uma paixão.

Não sei quem nos rege de fato, mas tudo pode acontecer independente de você se mover ou não. Quando for para você ser a tampa de uma panela, você será! Mas também quando não for não adianta forçar. Chorar, brigar não vai fazer mudar! Indignar-se é justificável, mas não cultive sentimentos de revolta, externe-os sem limites, mas também não vá se desesperar... Quando for a hora do amor ele vai entrar sem nem pedir licença, irá se acomodar na sua cama e por mais que você o derrube dela, ele não sairá. Só que tudo é fase nessa vida, se não há amor, essa fase chegará sem que você nem perceba, enquanto isso, flerte com a beleza da vida e torne divertida, essa sua solidão.

Trocando a fórmula

Quando me mostraram a vida, esqueceram de dizer que nem tudo é tão normal quanto parece. Mesmo sem um mestre, sempre caminhei no lado do bom senso, no velho estilo “come queto” de ser, mas com pudor. Só que nem tudo é tão prático como vejo, as pessoas são muito complicadas! E aos vinte e dois anos vejo um medo, o de ser julgada. As pessoas complicam relações, situações de um modo que a minha “inocência” ou “praticidade” pode ser associada aquilo que não sou.

Ficar pra mim é uma passagem, não um estado civil. Amizades coloridas são amigos que se interessam não escracho. Sexo é prazer, não um ato recriminável. Mulheres são seres humanos evoluídos, não pizza congelada que mata a sua fome depois de uma balada. O amor é um sentimento bom, único e cultivável, não algo piegas e desnecessário.

Mas nem todos pensam assim, talvez só eu pensei assim! Talvez muitos me achem rodada ou um controle de videogame, mas ser fogosa é diferente de sair pegando geral. Já passei por muitos galhos, mas se rodei muito é porque ainda não achei alguém que preste ou que ache que eu presto. Já tive muitos namorados e poucos ficantes, nunca precisei de muito para iniciar um relacionamento por isso que não entendo o que está acontecendo. Esses tempos modernos me deixam na dúvida, o que afinal estou fazendo de errado? Preferia ficantes em outra época, naquele tempo em que ainda não me dava conta dos relacionamentos que me envolvia, do tempo que eu não pensava tanto.

Não, não sou daquelas que procura um marido ou que está correndo para o altar, nem penso nisso. A fórmula: me tratar bem, somado a ser interessante (para mim) e cuidar de mim já é o suficiente para que eu não olhe mais para os lados, mas agora já acho que ela não é a melhor. Talvez seja necessário algo mais direto e único, só que se nem ela anda funcionando, imagina se eu aumentar os critérios de seleção. Mas vou seguir os conselhos de amigos e mudar a forma de me relacionar com as pessoas, quem sabe até aceitar que posso ser uma cumbuca ou um papel filme de PVC - descartável e de fácil remoção.