Para mim, ou sim ou não. Mais ou menos, não!

Talvez esse seja o maior dos riscos, senão o maior, o que mais pode machucar, vou arriscar como nunca arrisquei. Aprendi que o máximo que se leva nessa vida é um não, a gente chora um pouquinho, fica mal, mas não dá morrer. O medo que dá é a falta de fundamento, não há bagagem, estrutura para isso, mas sabe quando a gente cansa de esperar?

“Sou sua, mas não posso ser, sou seu, mas ninguém pode saber. Amor eu te proíbo de não me querer” Mais uma vez, Nando Reis decifra sentimentos, é exatamente isso que acontece. Reservo-me para alguém que sei a carreira que dá se souber disso, me reservo sem que elas percebam e reclamem, me reservo para quem nem sabe. Alguém que me têm fácil, mas que aparento ser difícil, alguém que esnobo, prego o desapego. Desapego que até já existiu, mas que hoje é tudo que não se pediu. Já não sei se isso era previsível ou não, já não sei se deve ser assim. A verdade é que cansei de esperar, rodar, criar expectativas e depois começar tudo de novo. Encanto sempre existiu, mas estive cega, depois acho que fiz besteira, agora conto com a sorte e uma frase de Nando Reis.

Não, não é amor, é escolha! Não, não é risco, é loucura! Coragem sempre foi o meu forte, mas dessa vez está sendo fraqueza, maturidade para esquecer que fiz eu tenho, o que falta é coragem de fazer. Esse era um momento em que queria ter certeza, que um sinal pudesse responder, podia ser do além, do horóscopo, de uma piada, qualquer coisa que falasse “faz, não faz”. Temo que não aconteça novamente, que não tenha a chance. Me pergunto se a culpa foi minha, se tudo que foi dito não passou de conversa de bêbado. Penso na reação, no sim ou no não.