Como pode o destino ser tão belo?

É mais um ciclo que se fecha, mais um momento em que as peças se encaixam dentro de um quebra cabeça que parecia eterno. É mais um nível que se sobe, dessa vez, um bem mais alto e distante. É um passo sem volta novamente, que meche com tudo, causando medo.

Apostando no risco mais uma vez, só que agora, sem testemunhas e apoio, um segundo passo sozinha, não programado. Os planos eram outros e a ideia surgiu do nada novamente, um “insight”. Perigoso, isso nunca foi problema. Ousado, é sempre bom um frio na barriga. Necessário, porque tudo tem limite, é melhor subir do que fechar os olhos para tudo isso. Enquanto há perspectiva de mudança se tenta, mas quando se aceita, é preciso fechar os olhos ou fugir. Parece até covarde, mas é uma fuga, muito cruel por sinal, mas que não faz mal.

É uma transição muito grande, são caminhos sem volta que coincide com todos os nós que se amarram, como pode o destino ser tão certo? Ninguém viu os nós se unirem, ninguém imaginou que seria agora, ninguém avisou a hora. Mas é sempre assim, indutivo, assustador, mas nunca impossível, sentir-se assustado serve para manter o alerta ligado, só isso! A mente precisa estar concentrada atenta a todos os caminhos, no controle de cada passo. O automático funcionou até aqui, só que agora é manual, todos os caminhos já foram trilhados, o destino não esqueceu nada, parece até que copiou tudo o que foi listado. Agora cabe ao motorista dominar esse volante com segurança suficiente.

Trata-se de um motoqueiro sem passageiro, uma viagem só, de você com você mesmo. A sua volta todos estão bem, todos ficarão bem, até com isso o destino se preocupou. Sua presença não deixou de ser necessária, mas não é fundamental, dá para pegar a estrada sem deixar ninguém para trás. Todos vão caminhar, talvez outros caminhos, mas dessa vez, ninguém ficará na mão. Dessa vez, suas mãos são suas, o volante é seu e a estrada é somente sua.