É triste entregar a outro, todo sentimento que guardei pra você, é triste ter a certeza que nada mudou e que, quando se tira algo dos outros, este nunca será seu. Junto a toda essa tristeza eu pergunto: o que fazer com essa saudade? Com essa vontade de te ouvir. Reproduzo tua voz na minha mente, mas não é a mesma coisa. Podia ser a besteira que fosse poder fazer como sempre fiz, te surpreendendo mais uma vez com uma ligação. Mas agora já é tarde, já não posso inventar desculpas pra te ligar, é tempo de nem poder pensar em você – mas isto, ainda não consigo.
O que foi que aconteceu com a gente, porque teve que ser assim novamente. Era pra ser você, era pra ser a gente. Depois de tanta coisa nos resumimos a nada, nos perdemos, como você mesmo falou. A diferença é que dessa vez eu fiz por onde, atrasada, mas fiz, e você? O que fez? Pôs todos no meio da gente novamente. Queria entender porque és tão fraco, porque não tens coragem de apostar na gente. Antes achei que fosse por comodismo, por desconfiança, por vaidade, hoje vejo que é insegurança.