Porque amor é não pensa, amor é sentir.

Hoje eu descobrir que quando gosto de verdade, faço poesia. Faz-me lembrar Vinícius de Moraes, vários amores e o dobro de versos. Não estabelecendo uma comparação e sim, uma referência ainda não pensada. A verdade é que me apaixono fácil, não que eu não soubesse, mas hoje tenho certeza. Observo que os meus sentimentos nascem em textos, em frases soltas, algumas analogias poéticas e que de acordo com o amadurecimento, tornam-se poesia. Não que eu seja poeta, longe de mim, mas os meus textos se tornam mais filosóficos quando há amor em mim.

Ainda que nova, sinto que provei os vários lados do amor, daquele bobo ao mais avassalador. Fui do ápice da falta de limites, até o chão de ser deixada, depois que subi me prendi a sentimentos bobos e só depois de muito tempo, me entreguei novamente. Dessa vez eu provei o amor em seu estado puro e amável, foi quando vi que as pessoas ainda são capazes de amar sem pedir nada em troca, que cede com os olhos fechados, pelo simples prazer em amar alguém.

E hoje eu não amo ninguém, tenho pessoas potencionalmente amáveis, mas nada que me faça sentir o que já senti. Acho que é porque hoje penso demais, tudo que aconteceu foi indutivo, as vezes que amei e sofri não foram porque escolhi. Talvez amor e razão não combinem e enquanto eu pensar em amor, ele não irá existir. Porque amor é isso, é deixar entregar-se, é pensar no plural, é ocupar dois lugares no mundo. Porque amor é não pensa, amor é sentir.