Esse filme eu já vi

É ruim quando as coisas não são como se espera, pior ainda quando se une amor e amizade em uma mesma balança. Não acho que seja a pessoa, mas sim o comportamento, um pensamento individual que em nenhum momento para pra perceber uma possível satisfação alheia. É atitude de quem olha o próprio umbigo, de quem não pensou que um simples desapego poderia trazer a paz de espírito de outrem. Pensamento este que não me surpreende, mas me entristece me faz pensar duas vezes sobre o nível de bondade das pessoas.

Não é a pessoa e sim o ato, poderia ser qualquer um, o desentendimento seria o mesmo e nem tão inesperado. Não associei as coisas, até porque, entendia como uma coisa boba, como as muitas coisas bobas que já pensei a respeito e nunca precisei externar. Mas cada um, é cada um, não é só porque guardo certos sentimentos que as pessoas vão fazer o mesmo, infelizmente, ninguém tem a mesma maturidade e postura. Não queria esse sentimento em mim, principalmente quando se trata de quem se trata, mas às vezes é preciso olhar para si. Pode parecer falta de consideração, pode parecer desnecessário, pode parecer muita coisa, mas pra mim, é um filme que já vi e que mais uma vez me deposita uma culpa que não é minha.

Tudo acaba ficando muito confuso, a insegurança bate a porta e você se sente um merda sem ser. Não foi proposital, aconteceu como acontece todos os dias, só teve a infelicidade de se tratar de um triângulo uniforme ao invés do velho círculo de convívio que partilhamos. E que além da estreita relação, as pessoas presente nela às vezes não conseguem vê o outro lado da história e dentro de diálogos se aproveita para alfinetar e colocar a prova princípios estabelecidos. E um sentimento de posse idiota acaba produzindo dúvidas sobre algo que nunca faria, poderia ter feito e nunca fiz.

Já usei o “aconteceu” como justificativa uma vez, só que agora eu sabia o que estava fazendo e fiz por achar que as pessoas não seriam egoístas e possessivas, mas foram e eu também já fui e fiz. Não é motivo para briga e tensão, mas sabendo do que sei, não será natural nem agradável, será um parêntese que nem todos terão acesso, será uma omissão. Isso se tiver que ser alguma coisa, pois até agora eu não sei, me pergunto até onde vale a pena e o que é mais agradável. Na balança, sei bem o que pesa mais, mas ainda que submisso, tenho o meu orgulho e necessidades, quem ninguém leva em conta e que eu não posso deixar de contar.

Seus argumentos não justificam, me revoltariam se eu não soubesse quem é, me afastariam se eu já não soubesse que isso poderia acontecer. As vezes que disse não ou que não me envolvi foi exatamente para evitar situações como essa, nunca foi assim, mas já foi parecido. E assim como tudo, você vai esquecer isso e vai ficar de boa, mas eu sempre vou saber que esses defeitos não ficaram para trás e assim como acontece com os outros, ele pode me acertar novamente. Fico por não dar importância a nada disso, por mais uma vez relevar seus defeitos e manter-se solidária a quem nem sempre será solidária comigo.