Ouvi dizer que quando se está mal consigo mesmo é pior do que aqueles problemas externos. Quando há uma paz interna, todos os estresses parecem ser meras tensões solucionáveis. É cansativo forçar sorrisos e alegrias quando a gente sabe que por aqui não estamos sorrindo e felizes. Detesto quando surgem essas “bad trips”, são verdadeiros turbos que enlouquecem. O que era doce e simpatia se tornam abuso e acidez, é como se houvesse duas pessoas aqui. Uma que quer mudar tudo pra vê se o mundo gira de novo, mas vive escondida dentro de uma que ainda dá valor as amizades e a vida que tem.
Quero outro ambiente, outros personagens, outra rotina onde eu esteja guiando o caminho, não sendo guiada por quem nem se dá conta do que acontece. É muito bom fazer as vontades alheias, dá atenção, ouvir opiniões racionais a seu respeito, mas e o querer? A emoção da vida fica onde nessa história? Pode não parecer, mas há um muro rachado aqui do lado que com cordas vou mantendo os tijolos em pé? Mas até quando?
Pode até parecer está reclamando de barriga cheia, mas parece que aqui tem tudo e ao mesmo tempo não tem nada. É como se não estivessem exercendo as funções certas, é tudo muito fugaz e momentâneo, tanto faz estar bom, como daqui a pouco tudo não funcionar. E essa falta de sintonia acaba fazendo que coisas leves se tornem densas e complicadas, cheia de estratégias e maquiavelismos.
São verdades que quase ninguém consegue vê e que não deve dar atenção. Nem tudo são flores e as dores também devem ser vividas. Não por escolha, mas porque acontece. Domingo são dias tristes, o ócio e o cansaço fazem dele um dia cinza e reflexivo. Já tiveram dias piores e eu não morri, já não exponho, nem choro, todo mundo sente dor.