Sim, errei!

Desbravo-me por esses mares novamente, medicando as mesmas feridas de acidentes passados, errei, sim errei, mais uma vez. Pela segunda vez o mesmo erro, me faz sentir-se burra e para remediar tal burrice, transformo este erro em lição. Para aprender que certas coisas não tem jeito. Quando se põe um fim, não dá para fazer um novo começo. É bem melhor fazer outra história do que concertar uma história que já teve início. Ainda que você escreva com as suas próprias mãos, ainda que não sejam os mesmos personagens, todo fim é o fim, não dá para transformá-lo em uma pausa.

Adicionando mais uma decepção ao meu histórico, olhando pra frente, para não lembrar os erros que cometi. Cada passo pode chegar a vitórias e frustações, mesmo sem prêmios, levo a tranquilidade de que realmente chegamos ao fim. A página foi virada não por que eu ou você quis, mas porque tinha que ser virada realmente. Todo remorso que carreguei só serviu para me assombrar, eu não quis enxergar o óbvio, cruzei a linha de chegada sem perceber, fiquei achando que havia trapaceado, achei ter forçado um fim.

Foi um erro sim, agravado pela sequência de comportamentos meu, mas não me arrependi, não foi uma escolha só minha e você sabia que podia ser assim. Arrependo-me de ter dado início a tudo isso, mas os meus comportamentos foram reflexos dos seus, você também viu o erro que cometíamos. A sua imparcialidade e desinteresse me incomodava, mas você não queria carregar o ponto final, sendo necessário mais um impulso meu.

Acabou o seu tempo de vez, e agora acho que você some junto com ele, a minha decepção é totalmente acionada pela sua presença. E para não lembrar, é melhor você nem me visitar. Apesar de não existir remorso, tenho a impressão que você me culpa. E por não saber o que pensas, acho melhor não vê-lo.

“Não volte pro mundo onde você não existe, não volte mais, não olhe para trás!”